Quem acompanha o mercado imobiliário sabe que a recuperação do setor em 2019 já era esperada pelos especialistas desde o ano passado. Mesmo assim, os fundos imobiliários batem recorde e surpreendem positivamente os analistas, que não esperavam um resultado tão bom.

Um dos principais motivos desta retomada é a baixa histórica da taxa Selic. E tudo indica que o cenário deve se manter, já que o Copom já chegou a 5,5% em setembro e a previsão do Banco Central é que encerre o ano com a mediana em 4,75%. De acordo com o BC, em 2020 os economistas mantêm a projeção da Selic 5%, com leve alta em 2021 (6,50%) e 2022 (7%).

O que a Taxa Selic impacta na compra de um imóvel?

Por influenciar diretamente a cobrança de juros pelos bancos, afeta vários setores da economia, inclusive o mercado imobiliário. Quando a taxa sobe, outros índices tem a mesma tendência e vice-versa.

Por ser um bem de alto valor, a compra de um imóvel é muitas vezes financiada, ou seja, utilizando de crédito, desta maneira, se a Selic aumenta, a taxa de financiamento também aumentará e, com isso, menos pessoas estarão dispostas ou aptas a financiar.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB)
também colabora com a retomada do mercado, no segundo trimestre de 2019 foi de 0,4% melhor do que o do primeiro semestre, de acordo com o IBGE. Estamos em um cenário em que há mais injeção de dinheiro no mercado para incentivar o seu crescimento, há mais investimento na área da construção, o que acaba puxando o crescimento do PIB.

Com isso, os fundos imobiliários batem recorde e a roda da economia volta a girar com mais rapidez. O resultado foi um crescimento de 1,9% no período, alavancados, justamente, pelo mercado imobiliário.

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